domingo, 11 de janeiro de 2015

Incentivo financeiro!

 Pouco mais de cinco meses após a final da Copa do Mundo de 2014, vários clubes ao redor do mundo ganharam um motivo para comemorar. Nesta quinta-feira, a Associação Europeia de Clubes (ECA) anunciou o montante destinado a cada equipe que teve jogadores convocados por ao menos uma das 32 seleções presentes na competição. Quanto mais atletas, mais dinheiro. Entre os brasileiros, o Atlético-MG foi quem mais lucrou, com aproximadamente R$ 805 mil. O destaque mundial ficou por conta do Bayern de Munique, base da seleção alemã, o time faturou ceca de R$ 4,6 milhões. 
Dilma Rousseff e Joseph Blatter

 O acordo entre ECA e Fifa determinou um valor de R$ 187 milhões a ser distribuído. O valor total por jogador é calculado multiplicando o número de dias que o atleta esteve a serviço de sua seleção durante a Copa. O valor diário ficou fixado em cerca de R$ 7,5 mil. 
 O Galo de minas teve Victor e Jô convocados para a seleção brasileira, que disputou o máximo de partidas possíveis, já que perdeu nas semis, mas disputou a decisão de terceiro lugar. Botafogo, São Paulo, Palmeiras, Fluminense, Santos, Internacional, Vasco, Corinthians, Flamengo, e Grêmio, também, receberão uma quantia da Associação por terem cedido jogadores para as seleções que disputaram o mundial. 



 Confira a lista dos cinco clubes que mais receberam (em dólares):
  1. Bayern de Munique (ALE) - US$ 1,734 milhões
  2. Real Madrid (ESP) - US$ 1,297 milhões
  3. Chelsea (ING) - US$ 1,253 milhões
  4. Barcelona (ESP) US$ 1,191 milhões
  5. Manchester United (ING) - US$ 1,160 milhões
 Veja a quantia em Dólares recebida pelos clubes brasileiros:
  1. Atlético-MG - US$ 300,500 mil
  2. Botafogo - US$ 218,400 mil
  3. Palmeiras - US$ 154 mil
  4. Fluminense - US$ 128,800 mil
  5. Santos - US$ 117,600 mil
  6. Internacional - US$ 89,600 mil
  7. São Paulo - US$ 44,800 mil
  8. Vasco - US$ 44,800 mil
  9. Corinthians US$ 42,900 mil
  10. Flamengo US$ 40,600 mil
  11. Grêmio - US$ 29,800 mil

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014 - parte 2

FIASCOS
 Na última rodada do Brasleiro, Palmeiras, Vitória e Bahia brigavam para escapar do rebaixamento. Desses três, apenas o Vitória nunca foi campeão (já foi vice). Além disso, o Botafogo já havia sido rebaixado, e também levantou a taça do Brasileiro ao longo de sua história. A combinação de resultado levou a dupla baiana para a segundona. 
 O objetivo de voltar a série A foi conquistado. Mas o Vasco foi o primeiro time de maior expressão a não ser o campeão, e pra piorar, nem o vice conseguiu. Ficou atrás de Joinville e Ponte Preta. 
 Paulistas sem títulos. Em 2014, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo não levantaram um troféu se quer. No paulista, o peixe perdeu na final do paulistão para o Ituano e também foi o melhor time do estado na Copa do Brasil, perdeu nas semis para o Cruzeiro. No Brasileiro, o tricolor foi quem mais assustou o campeão Cruzeiro, mas ficou com o vice.
 Punida pelo STJD em 2013 por uma escalação irregular, a Portuguesa se viu obrigada a jogar a segunda divisão em 2014. Mais preocupado em tentar voltar a primeira divisão brigando na justiça do que na bola, acabou rebaixada para a terceira divisão. Em desastrosa campanha, a equipe do Canindé ficou na lanterna, com 25 pontos em 38 rodadas.


GOLEIROS
 Na Copa do Mundo eles mandaram muito bem. Grandes intervenções e pouquíssimas falhas dos homens de luvas. Goleiros com grife mundial corresponderam à altura, Buffon, Courtois foram bem. Mas não chegaram perto de Manuel Neuer, o Alemão não mandou bem apenas com as mãos, mas também mostrou muita destreza com os pés. Alguns coadjuvantes se tornaram protagonistas, Ochoa fechou o gol Mexicano, Keylor Navas foi muito bem defendendo a Costa Rica, e de quebra ganhou uma vaguinha na escalação do poderoso Real Madri. O goleiro Colombiano Faryd Mondragon virou o jogador mais velho a disputar um Mundial, 43 anos e 10 dias. 
 No âmbito nacional, o pessoal que abre a escalação fechou o ano em alta. O gremista Marcelo Grohe passou 802 minutos sem sofrer gols, quebrando recorde do campeonato Brasileiro. Rogério Ceni, aos 41 anos, voltou à boa forma e adiou a anunciada aposentadoria. O Mito também quebrou recordes, e não foi só um. Com 596 vitórias, ele é agora o atleta com mais vitórias por um só clube. Mais partidas por um só clube (1127), capitão em mais oportunidades (876) e ampliou o de goleiro com mais gols (123). 


JUIZES
 Mão na bola ou bola na mão? Essa foi uma das perguntas mais polêmicas no futebol em 2014. Ninguém sabia responder com precisão a essa pergunta em muitos lances. Houva um número muito grande de pênaltis, após a CBF divulgar a orientação de penalizar qualquer toque na mão dentro da área. Massimo Bussaca, da FIFA, negou qualquer orientação da maior entidade mundial.
 Auxiliares de linha, foram colocados atrás do gol para ajudar, mas não viram nada. Os 33cm além da linha não foram suficientes para Rodrigo Castanheira validar o gol de falta batido por Douglas contra o Flamengo (ver foto).

Imagem demonstra que o auxiliar estava bem posicionado, mas não viu a bola entrar


GABRIEL MEDINA
 Brasil, conhecido mundialmente por ser o país com belas praias. Mesmo assim, nunca um surfista Brasileiro havia sido campeão mundial. Mas em 2014, Gabriel Medina veio para mudar isso. Com muita emoção, o jovem de Maresias, bateu nada mais nada menos que Kelly Slater, undecacampeão mundial - undecacampeão significam onze títulos. 


FUTEBOL MINEIRO
 Atlético-MG e Cruzeiro foram os principais times no Brasil em 2013. O galo venceu a inédita Libertadores, enquanto a Raposa foi campeã Brasileira. O domínio mineiro chamou a atenção do país. O que poucos sabiam e que aquilo era apenas o começo. Os dois times deixaram muito claro que o ocorrido do ano passado não foi obra do acaso. O Cruzeiro sobrou mais uma vez no Brasileirão. Já o Atlético conquistou a Copa do Brasil - ganhando do próprio rival estadual, reforçando mais ainda a supremacia. O raio caiu duas vezes no mesmo lugar, uma em 2013, outra em 2014. Será que cai a terceira em 2015?

MUNDIAL DE PISCINA CURTA
 O ouro no revezamento 4x100 Medley deu a Brasil o título do mundial de piscina curta. Foram dez medalhas conquistadas na competição, 7 ouros, 1 prata e 2 bronzes. É o nosso melhor resultado dessa competição na história. 
 Felipe Franã e César Cielo foram os principais medalhistas. O segundo, foi o principal responsável por aquela mais emocionante e talvez a mais importante, a que consolidou o título. A equipe chegou a ficar em quarto lugar, até Cielo cair na água para fechar o revezamento. Passou o fenômeno Ryan Lochte. 
 No final, a classificação ficou assim: 1-Brasil 2-Hungria 3-Holanda 4-África do Sul 5-Espanha

ESPORTE A  MOTOR
 A temporada irretocável de Lewis Hamilton além de dar a ele seu segundo título mundial de F1 (impossível de esquecer aquela ultrapassagem em Timo Glock na última curva em 2008, que tirou o campeonato da mão do brasileiro Felipe Massa). Também fez com que se tornasse o primeiro inglês bi-campeão desde 1968.
 Ainda por cima acabou com qualquer teoria que ele não se adaptaria a equipe Mercedes. Já que ele sempre correu pela McLaren, desde criança. Já que logo no começo do ano, ao correr para os boxes, ele adentrou as instalações de sua ex-equipe. 
 Se muitos dizem que a F1 não é mais a mesma, reforçado por desde Ayrton Senna, não termos nenhum piloto brasileiro que nos de vontade de ver as corridas, o final de 2014 pode ter mudado o discurso de alguns. Desde quando quase foi campeão (único momento, mesmo que mínimo de esperanças com um Brasileiro) em 2008, Felipe Massa vinha ladeira a baixo. O acidente que sofreu e quase tirou sua vida parecia um ponto final na sua carreira. Ele voltou. Mas muito a baixo do que era antes. Seus dias pareciam contados, especialmente após sua saída da Ferrari. 

domingo, 4 de janeiro de 2015

UFC 182 - Jones x Cormier

 ANTES DAS LUTAS:
 O UFC 182 foi o primeiro realizado em 2015. Dia 3 de Janeiro, em Las Vegas. E tem tudo para ser um dos melhores do ano. A luta principal será entre Jon Jones e Daniel Cormier valendo o cinturão dos meio pesados. 
 Inicialmente a luta era pra ser a revanche entre Jones e Gustafsson, mas com a lesão do Sueco, Cormier ganhou uma chance. Os atletas vêm há muito tempo dando declarações apimentadas sobre o outro lutador, o que colocou mais lenha na fogueira e mais expectativa sobre essa luta. Uma luta que tem tudo para ser em pé, estilo que mais agrada o público. Já que os dois são os melhores em defesa de quedas. Cormier nunca foi levado ao chão, enquanto isso Jon Jones tem mais de 95% de quedas defendidas. Daniel é campeão Strikeforce e Jones do UFC, um embate que promete ser épico.
 A segunda luta mais aguardada da noite tem tudo para ser ótima também. Cerrone vem de vitórias consecutivas e Jury nunca perdeu. Dois lutadores muito versáteis e que "gostam de dar show", ou seja, muita expectativa de luta muito agitada, sem tempo de tirar o olho do octógono.  

Cerrone aplica chute em Jury

 A realidade é que o UFC 182 foi muito abaixo das expectativas, com exceção das duas últimas lutas. Isso se deve principalmente pelo fato de apenas 3 lutas não terem ido para a decisão dos juízes. E todas as outras lutas, em sua grande maioria, foram 3 rounds chatos, sem muita ação. 
 Se o card até essa luta decepcionou, a luta entre Cerrone e Jury foi um bom aquecimento para a luta principal, mas mesmo assim não foi uma luta que chegou a empolgar. Jury estava invicto (eu adoro quando tem invicto lutando, por que além de ter sangue nos olhos para ganhar a luta, como todos tem, tem uma vontade a mais, a de manter a invencibilidade). No 1º Round, Cerrone deu uma aula de Jiu-Jitsu, realmente foi muito bem, mostrou transições perfeitas e rápidas, dominou o adversário e quase finalizou algumas vezes (esse round foi o mais agitado). O segundo round foi mais equilibrado, porém sem tanta ação. No terceiro round, Cerrone decretou a vitória, foi superior na trocação. Detalhe engraçado que no final do último assalto, o vencedor deu alguns chutes com raiva nas pernas de seu adversário, que estava no chão.
 Como era de se esperar, o Cowboy venceu por decisão unânime e somou sua 6 vitória consecutiva no UFC, e se credencia para a disputa do cinturão, contra Anthony Pettis (ou Rafael dos Anjos, que será o próximo desafiante, em março).

Números da carreira dos lutadores
 Como disse anteriormente, adoro luta com atletas invictos. Quando os dois estão invictos é melhor ainda!! (sim, o Jon Jones, na realidade não é invicto no MMA, mas octógono. Sua única derrota foi por desclassificação por golpe ilegal). 
 O primeiro round foi muito bom! Realmente correspondeu às expectativas. Apesar de ter conseguido encurtar a distancias e dominar o centro do octógono, Daniel Cormier foi superado por Jones, que encaixou golpes mais fortes e em maior quantidade. O 2º round deu continuidade a uma luta que foi simplesmente espetacular. Há muito tempo não me empolgava tanto com uma luta. Pra mim Cormier adquiriu muita confiança, trabalhou bem na curta distância, e empatou a luta. Com o dois atletas visivelmente cansados, a terceira parte da luta deixou a desejar um pouco em técnica, mas não em ação, os dois lutadores foram pra cima e protagonizaram mais um ótimo e equilibradíssimo round. No penúltimo round, o campeão decidiu jogar com o livro de regras "embaixo do braço", passou grande parte dominando seu adversário na grade e por cima no chão, mesmo sem desferir muitos socos, claramente venceu, e empatou tudo (na minha opinião). Deixou a decisão para o quinto round. Os últimos cinco minutos foram os mais parados, só uma queda espetacular de Daniel e os últimos dez segundos mais movimentados, com direito a soco sobrando na cara do arbitro. 
 Como era de se esperar, o cinturão foi mantido, e de forma unânime. Eu concordei que Jones levou a melhor, mas eu marquei uma pontuação mais equilibrada, 3 rounds a 2. Os juizes do UFC deram 4 rounds a 1. 
"Quem me vaiou que venha aqui e me vença" Disse o campeão


Todas as lutas:
  Card principal:
#C Jon Jones x #2 Daniel Cormier
#4 Donald Cerrone x #8 Myles Jury (Decisão unânime)
#15 Brad Tavares x Nate Marquardt (Decisão unânime)
#11 Kyoji Horiguchi x Louis Gaudinot (Decisão unânime)
#6 Hector Lombard x Josh Burkman (Decisão unânime)
   Card preliminar:
Danny Castillo x Paul Felder (Nocaute - Golpe rodado espetacular!)
Marcus Brimage x Cody Garbrandt (Nocaute técnico - sequência espetacular de socos. Final de luta muito bom)
Shawn Jordan x Jared Cannonier (Nocaute - sequência de golpes com adversário desnorteado)
Evan Dunham x Rodrigo Damn Brasil  (Decisão unânime)
Omari Akhmedov x Mats Nilsson (Decisão unânime)
Alexis Dufresne x Marion Reneau (Decisão unânime - uma das lutas mais desequilibradas que já vi. Quase uma humilhação)

Os atletas em negrito foram os vencedores