domingo, 31 de agosto de 2014

UFC 177- Dillashaw x Soto

UFC 177 foi realizado hoje (30), Na California, EUA. A luta principal foi modificada apenas um dia antes do evento. Estava marcado para ser a revanche entre Dillashaw e Barão, mas o brasileiro passou mal devido a grande perda de peso e o maior evento de lutas do mundo se viu obrigado a improvisar para "salvar" o UFC 177. Renan Barão disse que está muito triste com o ocorrido, que ele estava louco para lutar e tinha muita gana de reconquistar o cinturão, mas infelizmente não pode. Prometeu voltar mais forte ainda.
Dillashaw x Barão era a luta marcada como principal, mas não ocorreu
 Na luta principal, o atual campeão, T.J Dillashaw enfrentou o enteante no UFC, mas muito experiente no MMA, Joe Soto, que era campeão do Bellator, outra grande empresa de lutas. Se já entrava como favorito por ser o atual campeão, o favoritismo aumentava por encarar um adversário que foi colocado no card apenas um dia antes, ou seja, não estava treinado para essa luta especifica. 
 Como era de se esperar, TJ já começou dominando logo no primeiro round, estava lutando bem tranquilo, relaxado e querendo dar um show para a torcida, porém, com exceção dos últimos 30 segundos a luta foi morna no primeiro assalto. A segunda parte da luta foi bem movimentada, animou a torcida e mais equilibrada, mas ainda com vitória do Dillashaw. O terceiro round foi novamente do campeão, que garantiu a luta por pontos, só perderia em caso de finalização ou nocaute. O desafiante se soltou mais, fez uma ótima luta, mas não suficiente para ganhar o quarto round. Na última parte da luta, um chutaço na cabeça seguido de um soco na cara, apagou seu adversário. TJ Dillashaw venceu sua primeira defesa de cinturão, se mantém como o campeão do Ultimate Fighting championship, como era de se esperar, apesar da dificuldade acima do esperado por muitos. 

Luta que realmente aconteceu no UFC 177


Todas as lutas:
Card Principal:
#C T.J Dillashaw x Joe Soto (Nocaute - Chute seguido por soco) - segue como campeão do UFC
Tony Fergunson x Danny Castillo (Decisão dividida. Gerou protestos da torcida esse resultado)
Brasil #10 Bethe Correia x Shayna Baszler (Nocaute Técnico - sequência de golpes com a adversária desnorteada) *
Ramsey Nijem x BrasilCarlos Diego Ferreira (Nocaute Técnico - Gancho de direita derrubou o adversário e possibilitou alguns golpes da montada) 
Yancy Medeiros x Damon Jackson (Finalização - guilhotina invertida bastante estranha)
 Card Preeliminar:
Lorenz Larkin x Derek Brunson (decisão unânime)
Ruan Potts x Anthony Hamilton (Nocaute - Ground and Pound)
Chris Wade x Cain Carrizosa (Finalização - Guilhotinha que pois o adversário pra dormir)

*A Brasileira Bethe Correia está invicta e disse que desafia a campeã Ronda Rousey a tirar a invencibilidade dela. 


O próximo UFC ocorrerá dia 05/09, luta principal entre o brasileiro Ronaldo Jacaré e Mousasi

terça-feira, 26 de agosto de 2014

País do futebol?

 Brasil, conhecido ao redor de todo o globo por ser o país do futebol. Estilo de jogo irreverente e alegre. Qualquer jovem brasileiro que goste do esporte, tem sua vaguinha garantida no time de amigos estrangeiros. Mas essa máxima do futebol vem caindo pelas tabelas cada vez mais nos últimos anos. Tanto os clubes quanto as seleção não impõe mais tanto respeito como há décadas. 

 A que se deve essa perda de força? Inúmeros motivos podem ser citados.
 Com relação a clubes, o mais falado sempre é o de pouco tempo de trabalho dado aos técnicos. Isso é muito verdade, no Brasil o treinador perde três ou quatro jogos e já começa as especulações sobre sua demissão. Tal fato dificulta muito o trabalho e acaba gerando aquele futebol pragmático e para não perder muito visto em vários clubes brasileiros e criticado, mas infelizmente é a alternativa para não perder o cargo. É quase impossível citar algum clube que manteve seu técnico por um tempo grande e não obteve sucesso. O São Paulo foi tri campeão brasileiro, mantendo Muricy Ramalho nos três anos. Após sua demissão o tricolor não embalou com nenhum outro treinador e se viu obrigado a recontratar Muricy, seu técnico atual. O Corinthians conseguiu o tão sonhado título da libertadores ao manter Tite mesmo após a pífia eliminação na pré-libertadores. Entre outros exemplos.
 O pouco investimento na categoria de base também tem grande influência, isso prejudica tanto clubes quanto a seleção. Muitos jogadores de 14, 15 anos em categoria de base de grandes não sabem passar nem chutar corretamente. A mulecada só quer saber do "coletivo" (jogo mesmo), não querem saber de treinar técnica. Os atletas com porte físico mais avantajado são mais valorizados do que os habilidosos (com raras exceções). Além do que, há aquele ridícula "mafia". Só passa pela peneira quem tem seus contatos, mesmo que não jogue tão bem. Fora a a falta de vontade de muitos jogadores. Grande parte deles só pensam em dinheiro, não jogam com raça, no time que se sentem bem. Jogam onde lhe pagarem melhor. 
 Na seleção muitos colocam a culpa no técnico e  pelo fato dos maiores craques jogarem fora do país. Eu não compartilho em 100% com essa opinião, mas elas tem influência sim. Os últimos países campeões do mundo, Espanha e Alemanha, tinham a base do seu time jogando juntos no seu país natal. Mas no Brasil, nos dias de hoje é impossível competir contra a verba europeia. Todo jovem sonha em jogar fora e quando surge a oportunidade, vai embora rapidinho. Os treinadores também sofrem, tem pouco tempo para preparar e entrosar o time. Os jogadores se apresentam poucos dias antes do início da competição, isso inviabiliza um melhor trabalho. 
 "Concertar" esse problema e voltar e termos a futebol que tínhamos antes está difícil, mas não impossível. Com um investimento maior na base e conscientização tanto dos jogadores, como diretoria e técnicos, podemos melhorar muito.


domingo, 17 de agosto de 2014

UFC Fight Night: Ryan Bader vs. Ovince St. Preux



 Na madrugada do dia 16 para o dia 17 aconteceu o UFC Fight Night, realizado em Maine, EUA. Na principal luta da noite, em busca da terceira vitória seguida, o campeão do TUF 8, Ryan Bader, tinha uma tarefa indigesta contra o ainda invicto no UFC Ovince St. Preux – quatro lutas -, que vinha surpreendendo com nocautes e finalizações exóticas. Mas Bader "lutou com o livro de regras em baixo dos braços", colocou em pratica seu wrestling, efetivo com as quedas em quase todos os cinco rounds, não quis se arriscar. Ryan buscou evitar a trocação e encurtou a distância para derrubar e controlar no solo, com isso conseguiu anular o jogo de seu adversário. A vitória do Americano por decisão unânime foi a única do card principal a exigir que os árbitros fossem acionados para dizer quem venceu a luta. 




Todas as lutas:
(card principal):
#8 Ryan Bader x #10 Ovince St. Preux (decisão unânime)
#12 Gray Maynard x Ross Pearson (nocaute técnico - sequência de golpes com adversário desnorteado)
#14 Tim Boetsch x Brad Tavares (nocaute técnico - dois golpes fortes no queixo do adversário obrigaram a intervenção do árbitro)
Seth Baczynski x Alan Jouban (nocaute - gancho de esquerda) *luta sensacional, na minha opinião, a melhor da noite
Shawn Jordan x Jack May (Nocaute técnico - Ground and Pound)
Thiago TavaresBrasil  x Robbie Peralta (Finalização - Mata-Leão)
(card preliminar):
#6 Jussier Formiga Brasil  x #9 Zach Makovsky (decisão unânime)
#4 Sara McMann x Lauren Murphy (decisão dividida)
Tom Watson x Sam Alvey (decisão unânime)
Nolan Tickman x Franckie Saenz (decisão unânime)

Os atletas em negrito foram os vencedores de suas lutas

Os próximos UFC's serão realizados dia 23 de agosto. Dois em um dia só. Um a se realizar na China, com a luta principal entre Chung Le e Michael Bisping. O outro acontece em Oklahoma, EUA, luta principal será Benson Henderson x Rafael Dos Anjos Brasil.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Não querem mais concentração!

 Jogadores Brasileiros se mobilizam contra a concentração, hábito muito usado em todo mundo antigamente, mas hoje em dia considerado obsoleto e sem sentido por muitos. No resto do mundo essa "mania" é muito incomum. Uma frase muito famosa sobre isso foi dita nos anos 50 por um roupeiro do Botafogo "Se concentração ganhasse jogo, o time da prisão não perdia uma partida".

Neymar usa tênis de mesa como passatempo durante concentração
 Se existia alguma dúvida que dar liberdade para os jogadores pode ser benéfico, a Copa do Mundo de 2014 foi a prova que muitas vezes é. Alemanha e Holanda, primeiro e terceiro lugares, respectivamente, foram as que mais tiveram liberdade dada por seus técnicos. A da equipe campeã foi a mais comentada na mídia  brasileira. Eles ficaram em uma cidade um pouco afastada, para fugir de tumultos, é verdade, mas a interação com a população local foi enorme. Muitos brasileiros, moradores de Santa Cruz de Cabralia torceram para a Alemanha na Copa, devido a grande afinidade criada com os jogadores. O técnico da laranja mecânica, Louis Van Gaal permitiu a visita de amigos e familiares um dia antes do jogo de estreia, contra a Espanha, na qual o time Holandês ganhou por 5x1.

Alemães dançando com índios durante a concentração

 O Bom Senso FC, movimento de jogadores profissionais que reclamam sobre assuntos polêmicos do futebol brasileiro, com o intuito de melhora-lo (um dos assuntos mais frequentes é a grande quantidade de jogos) estão ensaiando um levante para acabar com a concentração.
 Na Europa, quanto mais maleável for o regime imposto pelo time, mais taças na vitrine. Alex Ferguson, técnico que comandou  o time inglês Manchester United por quase 30 anos, detestava concentração, e quase nunca impôs isso a seus jogadores. Em sua passagem ganhou 38 títulos. Na Espanha, os três maiores do país, Atlético de Madri, Real Madri e Barcelona, com exceção de clássicos e finais,  exigem um encontro em um hotel apenas seis horas antes das partidas. Na Alemanha varia bastante, depende do técnico, mas o tempo de concentração total em um ano não passa de um mês.
 Mas obviamente nem tudo são flores. Jogadores brasileiros são conhecidos por "aprontar". Muitos perdem o foco e passam a ter atuações bem abaixo devido a problemas extra-campo. A concentração dificulta as saídas de madrugada. Quase todos os jogadores criticam as concentrações, mas não sabem ver o por que delas. Quando é dada a liberdade, eles fazem besteira, a solução encontrada por técnicos foi "tranca-los" nas concentrações.
 O ideal seria ir acabando com a concentração no Brasil aos poucos, se acabar da noite pro dia, com certeza não trará resultados positivos. Na minha opinião em um período de cinco anos já é possível acabar com a concentração e fazer algo semelhante ao que é feito na Europa.