sábado, 18 de outubro de 2014

Queremos mais segurança

 A fórmula 1, apesar de ser um esporte de alto risco, com pilotos correndo em altíssima velocidade e arriscando muito em curvas perigosíssimas é, surpreendentemente, um dos esportes mais seguros. O último piloto a falecer o brasileiro Ayrton Senna, em 1994. Depois disso apenas batidas, algumas mais leves, outras mais pesadas, como a de Felipe Massa, que quase o levou a óbito, mas o brasileiro se recuperou bem e hoje em dia corre normalmente. Até que domingo dia 5 de outubro de 2014. No GP de Suzuka, tudo mudou. O piloto francês Jules Bianchi sofreu um acidente gravíssimo ao entrar em baixo de um caminhão (que estava rebocando outro carro acidentado) a mais de 150km/h. O corredor da Marussia está em estado grave e corre risco de vida. Depois disso várias mudanças foram propostas para aumentar a segurança, e uma que já entrou em prática foi a reforma do autódromo de Interlagos, onde será disputado o GP do Brasil em 2014. 

Antes e depois da curva mais famosa do circuito
Segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Hadadd essa  é a maior alteração desde 90. Mas calma, elas não foram tão grandes assim, apenas para maior segurança. A primeira curva do circuito, o famoso "S" do Senna, foi a que sofreu a maior mudança. A área de escape aumentou significativamente. Agora são 10m a mais, exatamente para melhor segurança. Em 2002 Nikki Heidfeld bateu no carro médico, que tinha ido socorrer um carro nesse ponto, mas a curta área de escape impossibilitou que o piloto desviasse a tempo, após perder o controle da direção. Veja ao lado o vídeo do acidente.
Acidente de Nikki Heidfeld
 O recapiameto foi outra mudança interessante, desde 2007 a pista era a mesma. Agora com esse novo asfalto os carros teram uma maior aderência em uma superfície lisa. Outra grande mudança foi na entrada dos boxes. Antigamente era a área mais perigosa do circuito, quado o carro entrava em alta velocidade, e se perdesse o controle corria risco de bater de frente com um muro. Agora a entrada foi antecipada em 300m e a largura foi de 30 para 45m. Também foram colocados novos portões para esvaziamento mais rápido do grid antes da largada. Um sistema de drenagem no pit lane foi introduzido, para evitar as poças e a aquaplanagem.

A entada dos boxes ainda não está pronta
 Daqui uma semana, as alterações na pista tem que estar prontas para possibilitar a corrida do dia 9 de novembro. Mas 100% só estará no ano que vem. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Mudanças à vista

 Michel Platini, presidente da UEFA, lançou nessa quinta-feira (16) um livro "Parlons Football" traduzindo, falemos de futebol. Nessa publicação ele propõe algumas mudanças no futebol. O ex-jogador da seleção francesa é o principal opositor de Josef Blatter ao cargo de presidente da FIFA. O mandato em vigor vai até maio do ano que vem.
Michel Platini, atual presidente da UEFA e candidato à da FIFA
 Aumentar o número de substituições e incluir um novo cartão de punição são as principais mudanças. Na primeira o time continuaria com as três alterações durante a partida, exatamente como ocorre hoje em dia. Mas também poderia fazer duas a mais, porém somente no intervalo. "O jogo, assim, não sofreria as desvantagens das interrupções. Mas apenas modificações. As equipes têm platéis numerosos que convêm ter isso em consideração" declarou Platini. Na minha opinião isso não mudaria muita coisa com relação às paradas, como imagina Michel. Mas poderia sim, diminuir as reclamações relacionadas ao calendário extenso, pois menos jogadores atuariam por 90 minutos. É uma ideia a se considerar. 
 A segunda seria a criação de um cartão branco. Que ficaria entre o amarelo e o vermelho. É parecido com o que ocorre no hockey no gelo, quando um jogador faz um falta ele fica fora de jogo por 1 minuto e depois está liberado para voltar ao jogo normalmente. A única diferença é que no futebol seriam 10 minutos. Acho que esse seria outra ideia a se considerar, porém ambas, com certeza tem de ser testadas antes de colocadas definitivamente em prática. 
 Outras sugestões são: A colocação de um juiz na linha de fundo, assim como já acontece no campeonato brasileiro. Creio que isso deveria ser implantado no mundo todo sim, mas os juízes tem de ser bem treinados, caso contrário eles não acrescentam absolutamente nada. Abolir a idade máxima dos árbitros (hoje eles são obrigados a se aposentar com 45 anos). Concordo, com mais idade é possível controlar um jogo, mesmo que sendo mais velho, seja mais complicado manter o preparo físico em dia. Para o autor, quando um jogador faz um pênalti visando evitar um gol certo, ele não deveria mais ser expulso, e sim tomar apenas um cartão amarelo. Essa última regra é a única que eu descordo totalmente, se um jogador coloca a mão na bola em cima da linha, por exemplo, ele deve sim ser expulso, pois com certeza o gol aconteceria. 
 Se eleito provavelmente essas alterações entraram em vigor, mas se não ganhar, as sugestões de Platini provavelmente serão esquecidas em um curto período. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Procura-se Corinthians

 Um time que encantou o Brasil em 2012 ao ser campeão invicto da Libertadores e vencer o mundial batendo o poderoso Chelsea na final. O mesmo time que em um período de apenas cinco anos foi do inferno ao céu, saiu da amarga série B em 2007 para o topo do mundo. Mas depois de chegar ao céu, parece ter se acomodado, perdido a vontade pela vitória, vem somando fracassos e gerando muitos protestos da torcida.
 Ontem, o Corinthians foi eliminado da Copa do Brasil de forma vexatória para o Atlético Mineiro. O timão venceu o primeiro jogo em casa por 2x0 e viu a vaga a semi-final ficar bem próxima. Abriu o placar logo aos 5' no jogo de volta e achou que a classificação viria tranquilamente, pois o adversário precisava marcar quatro gols. Viria, se os jogadores demostrassem pelo menos um pouco de preocupação com a partida. Time jogado mal demais, de forma desleixada, nem um pouco preocupado em atacar, só queria saber de dar chutão pra frente e não levar gols. E o que parecia impossível aconteceu, o galo marcou quatro vezes e garantiu a vaga diante de seu torcedor. É inegável que o Atlético Mineiro fez uma partida sensacional, dominou a partida e sufocou o adversário por quase 90 minutos, mas a despreocupação do Corinthians com o jogo influenciou muito no resultado. A exemplo do ano passado, o time paulista fica dependendo do campeonato Brasileiro para ir à Libertadores após uma desclassificação pífia, e pelo andar da carruagem a fiel não verá seu time jogando um torneio internacional em sua Arena ano que vem. 
A torcida protestou contra o técnico e o presidente no CT nessa quinta-feira
 Eu vejo inúmeros problemas, a começar pela falta de entusiasmo de 80% do elenco. Como disse o goleiro corinthiano Cássio ao termino do jogo de ontem "Tem gente que não está preparada para jogar no Corinthians". De quem será que ele está falando? É mais fácil achar quem se encaixa nessa história do que quem está "livre" disso. Afinal de contas, o que não falta é jogador devendo, e muito. A começar pela zaga, Gil vem atuando muito bem há tempos e mereceu a vaga na seleção, mas não atuou ontem. Anderson Martins e Felipe vêm somando trapalhadas, falhando em quase todas as partidas. No meio campo, Elias, que na minha opinião foi convocado injustamente, ainda não encontrou o belo futebol que o fez virar ídolo da Fiel. No ataque, Malcon, uma jovem promessa, ainda procura se firmar e vem oscilando bastante. Os heróis do mundial, Cássio e Guerrero, parecem ser, realmente os únicos que se salvam, e ficam fora da lista de decepções. Petros, Luciano e Renato Augusto têm feito bons jogos, mas ainda não são unanimidade.
 Sou a favor da continuidade do trabalho dos treinadores. Não acho que demiti-los é a solução dos problemas. O próprio Corinthians sabe muito bem disso, manteve o Tite, mesmo após a eliminação na pré-libertadores e conseguiu seus títulos mais importantes dirigido por ele. O problema é que eu não vejo Mano Menezes como um técnico de bom nível, apesar de suas ótimas passagens por Grêmio e Corinthians (que o levou à seleção). Para o treinador obter sucesso é necessário tempo e competência. No Brasil esse segundo quesito está em falta. Vejo Tite (desempregado), Muricy Ramalho (São Paulo) e Marcelo Oliveira (Cruzeiro) como os únicos que o preenchem. Gobbi garantiu que Mano continua no comando, mas duvido que ele seja mantido para a próxima temporada. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Alguns números sobre o futebol dos últimos anos


A Alemanha teve 10 técnicos em sua história, o atual, Joachim Löw, está no cargo desde 2006 e tem o melhor aproveitamento de todos. 68,8%.

 O Brasil trocou bastante de treinador nessa mesma época que a Alemanha manteve o mesmo. De 2006 até 2010, Dunga teve 75,4% de aproveitamento (sem contar os quatro jogos de 2014). Com 39 vitórias e apenas 6 derrotas nos 57 jogos que disputou. Mano Menezes que comandou a seleção entre 2010 e 2012 e saiu do cargo com 69,7% e 21 vitórias e 6 derrotas nos 33 jogos. Felipão foi o que teve menos tempo, apenas 2013 e 2014, foi eliminado da copa com 72,4% e 19 vitórias, 4 derrotas nas 29 partidas. 

 40 clubes disputaram finais de libertadores em 55 edições. Este ano tivemos dois novatos em decisões (San Lorenzo-ARG, o campeão e Nacional-PAR). O time Argentino se tornou o 25º campeão e o 3º inédito nos últimos 3 anos (Corinthians e Atlético-MG foram os outros dois).
 O San Lorenzo recebeu a bolada de R$ 12,3 milhões pelo título da Libertadores. Mas isso não é nada perto dos R$ 186 milhões que o Real Madrid, campeão da Liga dos Campeões faturou em premiações. 

 O Real Madrid conta com 26 jogadores de 10 nacionalidades diferentes. 13 da Espanha, 2 Alemães, 2 Brasileiros, 2 Franceses, 2 Portugueses, 1 Colombiano, 1 Costa Riquenho, 1 Croata, 1 Mexicano e 1 de País de Gales. 

 2 Milhões de camisas oficiais foram vendidas pelo Manchester United em 2013/14. Faturou 1,9 bilhões de Euros nos últimos cinco anos, ficando atrás apenas do Real Madrid, que faturou a bagatela de 2 bilhões de Euros. Van Persie do Manchester United foi quem mais vendeu camisas no campeonato inglês da última temporada, atrás vem Gerrard (Liverpool), Suárez (Liverpool e Barcelona) Hazard (Chelsea), Özil (Arsenal) e Rooney (Manchester United). 

 Bolso cheio, os times ingleses faturam demais com patrocinadores. O Manchester United ganhará nada mais nada menos que 403,6 milhões de reais em 2015 com os patrocínios de Chevrolet e nike. Arsenal irá faturar 226,8 com Fly Emirates e Puma. O Chelsea é patrocinado por Samsung e Adidas, receberá 181,5. 

 Nas cinco maiores ligas da Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália) a Nike é quem mais patrocina times, com 26 (6 na Alemanha, Espanha, França e Itália e 3 na Inglaterra) em segundo lugar vem a Adidas, com 18 (6 na Inglaterra, 5 na França, 4 Na Espanha e Alemanha e 1 na Itália) a Puma patrocina 9 times (4 na Inglaterra, 2 na França e Alemanha, 1 na Espanha e nenhum da Itália).

 Os públicos nos estádios da Europa são incomparáveis com os Brasileiros. Na Alemanha a média é de 43000, Na Inglaterra 36500, Espanha 27000, Itália 23500, França 20500, Holanda 19000, enquanto no Brasil temos 15000. Na própria América, México com 23000, Argentina com 20500 e EUA com 19000 estão bem a frente de nós. 

 O time egípcio Al Ahly é quem mais tem títulos internacionais no mundo todo, com 19. Atrás vem Milan e Boca Juniors com 18. Real Madrid 17. Independiente(ARG) 16. Barcelona 14. São Paulo 12. Bayern Munique, Juventus e Liverpool tem 11. 

 20 troca de técnicos, foi o que o Palmeiras teve nos últimos 14 anos. Nesse período, o clube ganhou uma Copa do Brasil (2012) e um Paulista (2008) e foi rebaixado duas vezes. Marco Aurélio (2001), Celso Roth (2001), Luxemburgo (2002), Flávio Murtosa (2002), Levir Culpi (2002), Jair Picerni (2003-4), Estevam Soares (2004-5), Paulo Bonamigo (2005), Candinho (2005), Émerson Leão (2005-6), Tite (2006), Jair Picerni (2006), Caio Júnior (2007), Luxemurgo (2008-9), Muricy Ramalho (2009-10), Antônio Zago (2010), Felipão (2010-12), Gilson Kleina (2012-14), Ricardo Gareca (2014) e Dorival Júnior (desde 2014)