domingo, 17 de maio de 2015

Aconteceu na Liberta - Oitavas (volta)

Corinthians 0 x 1 Guaraní


Clima de velório após eliminação precoce na Libertadores
Foto: Uol

Caiu em Itaquera, e já era...


 Vexatória, lastimosa e vergonhosa. Essas são algumas palavras que podem caracterizar a atuação da equipe corintiana no jogo desta quarta-feira. Um time no qual se diz experiente, com jogadores de qualidade inquestionável, todavia, que nitidamente necessita de tratamento psicológico. É espantoso assistir os jogos do Corinthians nesse "fim" de Libertadores. Equipe completamente indisciplinada, com atitudes amadoras e nervosa, uma vez que a mesma acumulou expulsões durante todo o campeonato e mostrou-se incapaz de colocar a bola no chão e pensar nas jogadas. 
Não desdenhamos da qualidade tática da equipe de Fernando Jubero (técnico do time paraguaio), contudo, pouco precisava se fazer para marcar as poucas inspiradas jogadas corintianas.
Vemos o primeiro tempo. Os alvinegros afoitos, desesperados, sedentos pelo gol. A falta de criatividade juntamente com o nervosismo, gerava por consequência cruzamentos ignorantes e errôneos na área paraguaia. Praticamente todos interceptados. É verdade que a equipe corintiana obteve suas chances, entretanto, a falta de frieza prevaleceu nas finalizações, deixando o grito de "gol" entalado na garganta dos corintianos.
A expectativa para o segundo tempo era de um Timão avassalador, que massacraria a equipe paraguaia. Essa ficou apenas na mente do torcedor. O time alvinegro retornou para a etapa final com mudanças (Danilo e Mendoza no lugar de Felipe e Malcon, respectivamente), todavia, a equipe mostou-se desentrosada e com os nervos à flor da pele. Resultado? Duas expulsões ( Fábio Santos e Jadson), poucas finalizações para o gol e a confirmação de uma eliminação inacreditável. Para finalizar com "chave de ouro", o time do Guaraní ainda fez o seu gol no final do jogo, encerrando, assim, a desastrosa noite corintiana.
 Placar injusto para uma torcida que vibrou, apoiou, incentivou, chorou e aplaudiu. Resultado justo para um time nervoso e indisciplinado. 
Agora, resta para o time alvinegro o campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Encerra-se aqui, à Libertadores, à invencibilidade na Arena e o sonho de milhões de corintianos.

Felipe Bambace


Boca Juniors 0 x 0 River Plate


A torcida do Boca utilizou diversos artifícios para irritar os rivais
foto retirada do site: espn.uol.com.br

 Se fosse para descrever essa partida em uma palavra, ela seria: Lamentável! Quem leu meu texto na semana passada sobre a partida de ida entre River Plate e Boca Juniors, com certeza percebeu o quanto eu gosto de assistir esse clássico Argentino. Acho lindo demais a festa que é feita pelos gringos. Como diz uma música cantada por ambas torcidas "A Copa Libertadores é minha obsessão, tem que deixar em campo a alma e o coração", e os jogadores levam esse trecho ao pé da letra. Em alguns momentos até passando dos limites. Infelizmente foi exatamente isso que aconteceu nessa quinta-feira (14) em La Bombonera.
 Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, mas muito pegado (típico de um clássico desse tamanho), o Boca já se estava em campo para a etapa final da partida, na qual precisaria de no mínimo um gol, já que havia perdido a primeira partida. Quando o time visitante parecia estar voltando ao gramado, uma confusão tremenda. Os jogadores do River estavam todos com as mãos no rosto e rodeados de policiais, a explicação disso? Ácido caseiro jogado nos atletas, e segundo algumas imagens divulgadas pela comenbol, atirado por um torcedor do Boca Juniors ( depois da perícia foi divulgado que não foi gás de pimenta como foi dito no momento da partida). Passado um tempo, um drone começa a sobrevoar o campo, nele, pendurado um fantasma com a letra B (em alusão à segunda divisão que o river disputou em 2012).
 Infelizmente a confusão não ficou apenas dentro de campo. A Comenbol ainda não se decidiu sobre a punição que o Boca receberá. De primeiro momento o time mandante foi eliminado da Libertadores, teve seu estádio suspenso de qualquer competição internacional por dois anos e interditado momentaneamente para conservação das provas. Mas depois de um dia a confederação sul-americana voltou atrás e até agora não divulgou novas informações sobre o caso. Espero que o time Argentino seja devidamente punido para que incidentes como esse não voltem a ocorrer.

Arthur Gabor



Cruzeiro 1 (4) x (3) 0 São Paulo

Fábio foi um dos destaques da classificação cruzeirense
Foto: Globo Esporte



Classificação azul e despedida do "mito"

Mineirão em clima de grande jogo! Cruzeiro e São Paulo realizariam uma partida extremidade empolgante, com um futebol agradável de se assistir e corrido devido aos espaços deixados no campo pelas duas equipes.
Os mineiros, que levavam nas costas um revés de 1 a 0 vindo da cidade paulista, tinham ciência da importância de apresentar um futebol ofensivo. Contavam com o fator casa e com a presença de sua marcante torcida. Já o tricolor, que sabia da pressão que iria enfrentar, foi esquematizado pelo interino Milton Cruz para jogar de igual pra igual com o adversário, sem a hipótese de ficar apenas se defendendo. Todavia, esse esquema permaneceu apenas no papel, uma vez que as condições do jogo obrigaram o tricolor a jogar no contra-ataque.
Nas infelicidades do jogador Reinaldo do São Paulo, o Cruzeiro encontrava o caminho para os lances mais perigosos. Entretanto, estes esbarravam nas defesas cruciais de Rogério Ceni e na falta de sorte. Igualmente à partida inicial, na qual a equipe que pressionava (no caso, o São Paulo) era premiada com o "gol". O Cruzeiro pressionou e foi recompensado. Numa jogada bem trabalhada, fez a rede guardada pelo arqueiro tricolor balançar. Gol de Leandro Damião. O time mineiro ainda obteve boas chances de consolidar sua classificação, contudo, não aproveitou-as. Consequência? Pênaltis!
O tricolor começou bem as penalidades. Após uma segura cobrança do ídolo Rogério, o mesmo ainda defendeu a cobrança de Damião, calando o Mineirão temporariamente. Ganso e Marquinhos converteram para os seus clubes e chegou a vez do jogador Souza, do São Paulo. O próprio se concentra, toma distância e... tira a bola do estádio! Uma péssima cobrança que deu mais emoção para o seguimento dos pênaltis. O próximo a desperdiçar a penalidade seria mais um tricolor. Luís Fabiano chuta no lado esquerdo de Fábio, que faz a defesa. Tudo encaminhava-se para uma classificação mineira, e esta estava nos pés do zagueiro Manoel. Contudo, o senhor Manoel mostrou tamanho desleixo ao ir para a cobrança que já era possível imaginar o resultado da própria. Péssimo chute, fácil defesa de Ceni. O que o arqueiro são-paulino não esperava, era o erro de seu companheiro logo em seguida, dando novamente a chance de classificação para os mineiros. Dessa vez, O Cruzeiro não titubeou. Gabriel Xavier converteu sua penalidade e decretou a eliminação da equipe paulista na competição.
A "raposa" agora espera a resolução do "caso" Boca e River para ter ciência de seu adversário nas quartas de final. Já o tricolor, resta as competições nacionais. O jogo ainda marcou a despedida do ídolo Rogério Ceni, que encerrava a sua participação em jogos de Libertadores.

Felipe Bambace

Internacional 3 x 1 Atlético-MG

 
Golaço do D'Alessandro
 Quem acompanhou futebol nos últimos anos, sabe muito bem que o Atlético-MG virou o time das viradas improváveis. Ano passado na Copa do Brasil, foram duas que pareciam impossíveis. E foi com esse pensamento que o Atlético foi ao Beira Rio após ter empatado por 2x2 em casa, o time mineiro precisava vencer jogando fora de casa. Os colorados lotaram o Beira Rio e fizeram uma linda festa e foram presenteados com um belíssimo gol do figuraça Valdívia, que comemorou ao estilo CR7 "eu estou aqui!" e levou a torcida à loucura. No finalzinho da primeira etapa D'Alessandro marcou outro gol sensacional e praticamente selou a classificação para as quartas (veja o gol no vídeo ao lado). Mas como disse anteriormente, o galo é o time da virada. Voltou para o segundo tempo pilhado, com vontade de conseguir no mínimo o empate que levaria a partida para os pênaltis. No início do segundo tempo diminuiu com Lucas Pratto e teve oportunidade de empatar, na verdade chegou até a balançar as redes com Jemerson, mas o gol foi anulado corretamente. Após um vacilo grande da defesa, Lisandro López marcou e jogou um balde de água fria nos mineiros. 
 Com a vitória por 3x1 o Inter garantiu a vaga para as quartas e enfrentará o Santa Fé da Colômbia que eliminou o Estudiantes. O segundo jogo será no Brasil. Acredito em dois jogos muito disputados, mas apostaria em uma classificação colorada. 

Arthur Gabor







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