Final de Copa do Brasil já é um jogo que promete, e deixa a todos ansiosos. Na verdade, qualquer final nos deixa assim, mesmo que nosso time não esteja envolvido. Um Cruzeiro e Atlético-MG é uma partida sempre recheada de emoções. Como se diz no futebol: clássico é clássico. Imagina se juntarmos os dois então... Uma final de Copa do Brasil com um clássico entre os dois maiores times de Minas Gerais e mais, esse que é considerado o maior duelo entre essas equipes de todos os tempos. Aí é para deixar qualquer amante de futebol louco. E tivemos exatamente isso nesse dia 26/11/2014
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bola estilizada especialmente para a final |
O Cruzeiro buscava ganhar esse torneio pela quarta vez, e gritar "é campeão!" pela terceira vez esse ano e pela segunda nessa semana. Conquistar a tríplice coroa. Mas para isso precisaria jogar muito bem (esse detalhe para o time Celeste virou corriqueiro nos últimos anos), pois teria que reverter uma desvantagem gigante. Nunca um resultado de 2x0 foi revertido em uma final de Copa do Brasil. O galo ia atrás seu primeiro título da Copa do Brasil e levantar seu segundo troféu em 2014, somado com o da Recopa. Um empate era mais do que suficiente, até uma derrota, dependendo do placar servia.
O gramado preocupava muito. No domingo, data no último jogo nesse estádio, o Mineirão, em certos lugares, parecia uma piscina. Quarta-feira foi um dia marcado por muita chuva, mas na hora do jogo, parece que até São Pedro colaborou para um ótimo espetáculo e a chuva parou. Única coisa relacionada a água era o "mar azul", mais de 60 mil pessoas lotaram o estádio. (O independência também estava lotado, mas de atleticanos, bela jogada de marketing do galo)
O jogo começou tenso, ambas equipes não apresentavam seu melhor futebol. Mas o jogo não era ruim. O galo a partir dos 15 minutos começou a jogar muito mais, apesar de não ter a necessidade de ganhar, criava mais e melhores chances, mas as desperdiçava com muita frequência. Fábio salvou algumas vezes. Aos 48' o melhor futebol apresentado pelo Atlético foi presenteado com um gol de Diego Tardelli. O time da casa precisava, naquele momento, marcar quatro gols, no segundo tempo. Missão impossível? Negativo. O atlético já viveu isso duas vezes nesse torneio e conseguiu virar as duas, dessa vez era o galo quem estava em vantagem e tinha de segurar o placar. Os poucos torcedores visitantes presentes no Mineirão faziam muito barulho.
O segundo tempo não poderia ser diferente. Cruzeiro indo com tudo pra cima em busca de gols e o galo explorando o contra-ataque para tentar matar a partida. Mas o campeão Brasileiro estava irreconhecível, não jogava nem 10% do belíssimo futebol apresentado o ano inteiro, me pareceu principalmente por ter sentido cansaço da alta carga de partidas. O time visitante jogava muito bem e anulava seu rival. A segunda etapa foi morna e praticamente só administrada por aquele que comemoraria o seu primeiro título desse torneio. O momento mais quente dos últimos 45 minutos foi uma confusão após a expulsão de Leandro Donizete (do galo), que precisou até de polícia para intervir, mas o conflito entre os jogadores não foi longe, logo após a ação policial cessou-se o principio de briga.
Ambas torcidas fizerem uma bela festa ao termino da partida. A torcida Celeste reconhece o ano espetacular de seu time, e ficou no Mineirão cantando por seu time, mesmo vendo a festa de seu maior rival. Uma cena linda marcou o pós jogo, ambas equipes ficaram no gramado comemorando com seus torcedores. O galo o título da Copa do Brasil, e o Cruzeiro o tetra Brasileiro. Nunca tinha visto isso no futebol, dois rivais comemorando ao mesmo tempo no mesmo estádio após se enfrentarem. Tal fato deveria se repetir com mais frequência.
Que campanha heroica do Atlético, título mais do que merecido. Eliminaram o Palmeiras, viraram de forma inacreditável contra Corinthians e Flamengo. Na final, bateram o melhor time do Brasil nos dois jogos.