O Corinthians consegue a incrível façanha de
ter uma das melhores e piores categorias de base do Brasil. Por que digo isso? O
timão é o maior vencedor da Copinha (principal torneio de base do Brasil), levantou o caneco por 9 vezes e ainda tem
7 vice-campeonatos no currículo. Se sagrou, no final de Maio de 2015, tricampeão
Mundial sub-17, torneio no qual atropelou potências mundiais como Barcelona e
Atlético de Madri. Vale lembrar também que o sub-20 alvinegro conquistou quase
todos os campeonatos que disputou em 2014.
Vendo isso, todos pensam: “O elenco do Corinthians
deve ser repleto de jogadores jovens, que vieram da base”. Por incrível que
pareça, NÃO! O único atleta na equipe principal é Malcon, e que mesmo assim não
joga com muita frequência. Para não dizerem que estou sendo injusto, o volante
Marciel, grande destaque do título da Copinha de 2015, ficou no banco de
reservas por três vezes, mas o mais próximo que chegou do time principal foi aquecer com eles. Matheus Vidotto é o terceiro goleiro do timão, e em alguns jogos também fica disponível como suplente.
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Gabriel Vasconcelos até já imitou a comemoração de Paolo Guerrero foto retirada do site esporte.band.uol |
Isso não é normal. Alguma coisa tem aí. Se essa molecada está
ganhando tudo é porque tem potencial. Aí eu pergunto: será que as
categorias de base do clube estão sendo geridas da maneira correta? Será que a
direção do departamento de futebol não está 'comendo' bola? Ou será que tem
muito mais coisa errada do que queremos imaginar? São tantas as perguntas que
fica difícil pensar em uma solução a curto ou médio prazo. E isso já
vem de muito tempo. Nenhum técnico do profissional dá oportunidade pra ninguém.
Um grande
absurdo!
Os problemas de não usar os atletas da base não
ficam só dentro de campo. O financeiro também pesa. Recentemente, o meia
Matheus Cassini, um dos mais elogiados do sub-20, foi vendido ao Palermo por
apenas R$ 5 milhões sem fazer nenhum jogo pelo time profissional. Ele pode
muito bem virar em um futuro próximo um jogador muito mais valioso que isso. O
exemplo mais claro desses erros em vendas foi do Marquinhos, hoje no PSG.
O zagueiro saiu do timão por R$ 13 milhões rumo ao Roma da Itália. Um ano
depois, o Paris Saint Germain desembolsou R$ 104 milhões pelo jogador da base
alvinegra. Não é a toa que o time passa por uma crise financeira tão grave. Alguém lá de dentro precisa se pronunciar! Do jeito que está é
vergonhoso. Todo grande craque surge da base. Chega de comprar jogador pra ter
comissão.
Arthur, parece que não é só na CBF que as "coisas" acontecem... Nos times também! Infelizmente!
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